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terça-feira, 6 de julho de 2010

Sonda japonesa encontra evidência para oceano de magma lunar

Astrônomos japoneses descobriram traços de um mineral que acrescenta uma peça fundamental ao quebra-cabeças do passado geológico da Lua.
Usando dados obtidos pela sonda Kaguya, colocada em órbita ao redor da Lua em 2007, a equipe encontrou assinaturas abundantes do mineral olivina em anéis concêntricos em três grandes regiões de crateras.
Sonda japonesa Kaguya em órbita ao redor da Lua
Sonda japonesa Kaguya em órbita ao redor da Lua
O mineral é um indicador da presença de manto, a camada interna profunda que fica abaixo da crosta lunar com rochas ricas em ferro e magnésio.
Jaxa

Uma das principais teorias sobre a origem lunar sugere que o astro foi criado há cerca de 4,5 bilhões de anos, quando foi separado da Terra após a colisão monumental de um objeto espacial.
Com o aglutinamento do material lunar, formando uma esfera, sua superfície resfriou-se gradualmente. Isso criou uma crosta composta principalmente de feldspato (mineral claro, rico em alumínio), que passou a flutuar sobre líquido denso fundido.
Os dados da Kaguya apoiam essa hipótese do oceano de magma lunar.
Eles sugerem que após a formação da crosta, houve uma grande reviravolta no líquido escaldante nas camadas mais profundas: o manto rico em olivina emergiu das regiões profundas para a base da crosta.
A sonda Kaguya chocou-se com a Lua em 2009.

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