Exposição no Rio de Janeiro revela benefícios e perigos da energia nuclear. O objetivo é familiarizar, principalmente os estudantes, ao tema.
Salão da exposição. Em primeiro plano, tabela periódica interativa. Projetada no chão, imagem dos quatro elementos da natureza (foto: Divulgação).
"A exposição não é feita para cientistas. E sim para o público"
Por isso, a exposição Energia nuclear, promovida pela Casa da Ciência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), chega em bom momento. Com quatro anos de planejamento e um de execução, o evento começou no final de março e segue até o final de junho. A proposta: colocar os pingos nos is; ou seja, discutir abertamente os benefícios e – também – os riscos da energia nuclear.– A exposição não é feita para cientistas. E sim para o público. Queremos discutir abertamente essa questão. Mostrar que a energia nuclear encontra-se em todos os lugares na Terra. E até em alimentos. Temos que conviver com isso – explica Adriana Vicente, coordenadora do núcleo de educação da Casa da Ciência e uma das responsáveis pela mostra.
O que Adriana tenta contar fica mais fácil de entender ao olhar. Na exposição, há grãos de feijão, areia, osso e uma máquina que mede a radioatividade de todos esses componentes naturais. Segundo a coordenadora, esse tipo de atividade atrai estudantes e adolescentes.
Na seção acima, o visitante conhece a história dos acidentes causados pela energia nuclear. Entre eles, o da usina em Chernobil (foto: Divulgação). |
Medicina e energia
Faz parte também da exposição imagens da guerra e explicação sobre o caso em Chernobil (e outros acidentes nucleares, como o de Goiânia). A preocupação é também separar as coisas: o que é ataque bélico e o que é acidente.No Japão, era guerra. Em Chernobil, uma usina para fins pacíficos acabou causando a tragédia. Neste sentido, as usinas nucleares de Angra dos Reis (RJ) são bem exploradas. Réplicas de reatores e de máquinas de operação são recriadas. É possível, por exemplo, controlar o nível de energia liberada para abastecer uma cidade.
Réplicas de reatores são recriadas
– Os estudantes precisam saber que a energia nuclear está no nosso dia a dia, sempre. Precisam, inclusive, ter a escolha de optar por um alimento que não tenha sido irradiado – diz Adriana Vicente, que, aos 38 anos, é graduada em letras e tem mestrado em história da ciência.Enquanto explica – com clara empolgação – cada parte da exposição, Adriana se mete embaixo de um aparato que emula uma máquina de ressonância magnética. É para mostrar, agora, o uso da energia nuclear na medicina. "O que pode matar, pode também te salvar", fala, com uma luz azul-divertida sobre a sua cabeça, a coordenadora.
Energia nuclear
Casa da Ciência da UFRJ
Rua Lauro Müller, 3 – Botafogo (RJ)
26 de março a 27 de junho de 2010
Terça a sexta – das 9h às 20h
Sábado, domingo e feriados – das 10h às 20h
Fechado às segundas
Entrada gratuita
Aos professores que quiserem marcar visita
Tel: (21) 2542-7494 / 2598-3051
Indicação: alunos do 6º ano em diante
Rua Lauro Müller, 3 – Botafogo (RJ)
26 de março a 27 de junho de 2010
Terça a sexta – das 9h às 20h
Sábado, domingo e feriados – das 10h às 20h
Fechado às segundas
Entrada gratuita
Aos professores que quiserem marcar visita
Tel: (21) 2542-7494 / 2598-3051
Indicação: alunos do 6º ano em diante
Todo professor, ao visitar a exposição, ganha revistas sobre o tema e uma apostila ensinando como aplicar a matéria em sala de aula
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